A procura por métodos eficazes de solução de conflitos tem aumentado significativamente no Brasil nas últimas décadas. Por inúmeras razões (morosidade, descrédito, custos etc.), boa parte das pessoas que enfrentam problemas em suas vidas pessoal e profissional tem preferido buscar formas mais adequadas de resolver seus conflitos, ao invés de delegá-los nas mãos de advogados, juízes e tribunais.
É premissa basilar da Mediação de Conflitos que as próprias partes, por meio da restauração do diálogo facilitada pelo Mediador, vislumbrem alternativas para lidar com o problema que enfrentam e que outrora pensavam não ter solução.
Numa Mediação, não existem mais polos opostos, e todos os envolvidos olham para o conflito sob uma ótica comum, que os ajuda a lidar melhor com o problema, tendo a chance de solucioná-lo de forma benéfica a todos os indivíduos por ele afetados, direta ou indiretamente.
A nosso ver, a crescente procura pela Mediação de Conflitos demonstra o despertar para o início de uma mudança de mentalidade, já que sua eficácia parte da premissa da autorresponsabilização dos indivíduos que, compreendendo sua coparticipação no conflito, assumem o protagonismo pela sua resolução.